Não sou espírita ou professo quaisquer outras religiões,senão a católica. Respeito a todas elas, desde que sejam cristãs e se pautem por princípios decorrentes de amor ao próximo.Todavia creio no sobrenatural; no que não se explica pela lógica ou pela ciência.Entendo que as coisas possuem vida, podendo se manifestar.Acontecem comigo, ultimamente, curiosos fenômenos ligados ao que atribuo ao poder da fé, do amor e da saudade.
Quanto à saudade, a morte da admirável Tânia Mara Lopes Cançado,foi uma irreparável perda,como se pode imaginar! Vendo seu corpo inerte,fui tomado de uma dor tão profunda que quase morri também...
Desde então, conservei o CD em que ela interpreta Ernesto Nazareth(das mais primorosas produções da não menos admirável amiga Carminha Guerra) constantemente no recipiente do aparelho de som que possuo.Ocorre que somente o referido CD é reproduzido.Outros, não.Ou seja, não consigo ouvi-los, em nenhuma hipótese.Apenas, repito, o CD da genial pianista não sofre nenhuma obstrução, podendo-se apreciar sua incomensurável interpretação das "N" faixas,perfeitamente!
Outro fenômeno, é um aparelho de televisão, bem grande, que utilizo para assistir filmes.A maioria deles,antológicos dos anos áureos de Hollywood.
Há coisa de uns três meses,esse aparelho começou a dar sinais de esgotamento, tendo o técnico decretado o seu fim,alegando a falência do tubo de imagem.
Profundamente entristecido com a iminente perda, escrevi uma carta ao dito televisor, nestes termos: " A agonia da TV-(minha inseparável companheira).Dia a dia, ela cai.Levanta, procura o equilíbrio.Busca a sua preservação.Consegue por fração de tempo.Desbota, embaralha cores, fica opaca, mas não frustra os olhos esperançosos dos que a admiram.
Ela está morrendo.Morre de pé, heroicamente.Não apaga.Vai apagando, como fenecem os nobres de coração, sem incomodar a quem quer que seja.
É um exemplo de vida.De vida útil que tanto prazer pôde oferecer nestes quase 30 anos.Mas ela está morrendo! É justo impedi-la de cumprir o seu destino? Ela merece descanso.Que parta em paz e que eu fique, ainda, mais velho e carente.Choro por ela.Oh! minha amada TV, o que farei sem você, meu único refúgio na busca do que tanto gosto: assistir filmes velhos dos ídolos como Dorothy Lamour, Bette Davis, Deanna Durbin, Tyrone Power, Errol Flynn, Joan Fontaine, Olivia de Havilland, Claudete Colbert,Clark Gable, Judy Garland, Carmem Miranda e uma infinidade de outros.
O que farei sem você? Não sei..."
Transcorridos alguns dias,tive a curiosidade de ligá-la e eis que funcionou. E está plenamente em excelentes condições. Não apagou e nem morreu. Ouviu-me.Atendeu aos meus anseios.Continua a mesma de sempre.Ouviu o meu apelo, assim respondendo a carta.
Falarei como falava Jack Pallance :"acredite se quiser"
Meu pai havia falecido, deixando dúvidas no meu coração.Levado por um saudoso amigo, dr. Walter Machado, a um Centro Espírita, o da Lagoinha, evoquei a alma dele. Aproximou-se de mim uma jovem dizendo que haveria necessidade de se psicografar mensagem dele(meu pai), para mim. Pude ver aquela mocinha, com as mãos nos olhos, assentada numa mesinha próxima, escrevendo deliberadamente a prometida mensagem.Ao abri-la, pude constatar que a letra(tão conhecida por mim) era deveras do meu pai.E me dizia coisas que só nós dois sabíamos, confortando-me das faltas que cometi.E livrou-me de um remorso que poderia ter me prejudicado para o resto da vida...
Resenha cultural e erudita; resgate memorial e atualização contemporânea
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