Das Minas Gerais para o mundo, terá sido uma das mais aclamadas revelações da regência de que tanto o Brasil se orgulha. Falecido há quatro anos, Carlos Eduardo Prates (l934-20l3) deixa expressiva memória sustentada por raríssimo talento, em que sua predominante dedicação à música erudita, sem nenhuma dúvida, representa sustentáculo da nossa grandeza cultural.
Dele guardo saudosa lembrança, desde os tempos em que , tão jovem, arrebatava o público ,empunhando a batuta, dominada de modo incomum.E o prognóstico , naquela época, é que estávamos diante de um promissor regente. Mais que simples promessa, Prates subiu ao podium da consagração internacional.E não foi outra, senão sua aclamada permanência em Berlin,onde conquistou láureas por credenciados certames, nos quais obteve irrestrita aprovação de celebridades.Destas, destaca-se o emblemático ícone da condução orquestral,Herbert von karajan, cuja admiração pelo jovem Prates, constata-se da sua impressionante biografia, de inumeráveis glórias!
Não foi outra a sua trajetória, senão a mais aclamada na Europa, até que, retornando ao Brasil, ostentou inesquecíveis performances , à frente de tantas e tantas das nossas mais robustas orquestras. Em Belo Horizonte, sua atuação transcorreu sempre lúcida, construtiva e absolutamente voltada para a erudição, sem quaisquer concessões. Pode-se afirmar que terá sido ele guardião de uma cultura, da mais elevada expressão, sem nenhuma pretensão.Mas, eivada da salutar vaidade de realizar o que de melhor a música oferece.Assim, sua contribuição, além de intérprete, chegou ao aprimoramento da educação de tantos quantos tiveram o privilégio de assistir as suas apresentações. Formador de público, Prates no exercício de altas funções,sempre ofereceu o que de melhor se pode esperar de um artista.Nada menos que notável!
Dedicou-se, além das peças orquestrais, ao gênero lírico, por vezes dirigindo óperas que ficaram na lembrança. Refiro-me, sobretudo, à apresentação da "Carmen"de Bizet, no Palácio das Artes que pude assistir, desde os ensaios. Impressionava-me vê-lo , com inusitada energia e delicadeza,orientar , inclusive os cantores,com o cuidado de que nenhum prejuízo lhes pudesse causar os instrumentos, às vezes protuberantes,ofuscando vozes menos robustas.Era, por assim dizer, um perfeccionista, capaz de esculpir a interpretação, como Michelangelo em relação à fria marmor de Carrara!
Ao lado da sua esposa Haydèe Cintra-das mais requintadas penas da nossa crítica jornalística-construiu verdadeiro império de cultura e arte. Uma casa, na rua Domingos Vieira, digna de preservação, com seu portentoso espaço ocupado ,literalmente, por sugestivas imagens de momentos vivenciados pelo casal em sua trajetória, da qual ela desponta responsável por um fôlego jamais igualado, em que o entusiasmo , até hoje, preenche sua personalidade de singulares virtudes.Como se muito não fosse, sua filha Tânia,linda criatura, de sensibilidade e vocação para o canto, desfruta de prestígio fora do Brasil.E,como se não bastasse, Prates e Haydèe podem se sentir coroados, também, pelo genro Michael Rein que nesta oportunidade, estará conosco no esperado concerto em homenagem póstuma ao sogro. De onde estiver, certamente nas falanges celestiais, Carlos Eduardo Prates bradará loas e hosanas a um evento de tal beleza. Estou certo disto!
VAMOS TODOS PRESTIGIAR!!!
UM EVENTO IMPERDÍVEL
Será no próximo dia 20, às 20h00,no Teatro Sesiminas, através do tradicional e magnífico projeto"Sempre às Quartas".
A grande atração é o violinista e regente alemão Michael Rein que virá especialmente para homenagem à memória do maestro Carlos Eduardo Prates, falecido há quatro anos.
Na oportunidade, a conclamada Orquestra do Sesiminas terá como solista o virtuoso violinista Michael Rein,também regente.
O programa, de altíssima qualificação, se compõe de algumas peças da preferência de Eduardo Prates.
Na primeira parte, "Adagietto" da 5a.Sinfonia de G.Mahler e o Concerto para Violino e Cordas, em Ré-maior, de F.Mendelssohn. Na segunda parte, Quarteto "De Tod unda das Madchen", de F.Schubert.
Sem sombra de dúvidas, trata-se de um programa de supremo bom gosto,em que a festejada composição de Mendelssohn foi descoberta em l95l, pelo violinista Yehudi Minuhin.Algo deveras fascinante!
YEDA PRATES BERNIS
Admirável por sua antologia poética, a imortal Yeda Prates Bernis, membro de várias academias de letras,irmã do maestro Prates,escreve inspirada página, em que fala do irmão:
"SINFONIA
Maestro
tuas mãos estão inertes,
elas despertavam a Beleza
para iluminar o mundo.
As reverberações
dos infinitos aplausos
ainda ecoam no espaço.
Saíste de cena.
Tua batuta descansa no eterno.
Da ponta de teus dedos, ainda voam pássaros?"
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Dele guardo saudosa lembrança, desde os tempos em que , tão jovem, arrebatava o público ,empunhando a batuta, dominada de modo incomum.E o prognóstico , naquela época, é que estávamos diante de um promissor regente. Mais que simples promessa, Prates subiu ao podium da consagração internacional.E não foi outra, senão sua aclamada permanência em Berlin,onde conquistou láureas por credenciados certames, nos quais obteve irrestrita aprovação de celebridades.Destas, destaca-se o emblemático ícone da condução orquestral,Herbert von karajan, cuja admiração pelo jovem Prates, constata-se da sua impressionante biografia, de inumeráveis glórias!
Não foi outra a sua trajetória, senão a mais aclamada na Europa, até que, retornando ao Brasil, ostentou inesquecíveis performances , à frente de tantas e tantas das nossas mais robustas orquestras. Em Belo Horizonte, sua atuação transcorreu sempre lúcida, construtiva e absolutamente voltada para a erudição, sem quaisquer concessões. Pode-se afirmar que terá sido ele guardião de uma cultura, da mais elevada expressão, sem nenhuma pretensão.Mas, eivada da salutar vaidade de realizar o que de melhor a música oferece.Assim, sua contribuição, além de intérprete, chegou ao aprimoramento da educação de tantos quantos tiveram o privilégio de assistir as suas apresentações. Formador de público, Prates no exercício de altas funções,sempre ofereceu o que de melhor se pode esperar de um artista.Nada menos que notável!
Dedicou-se, além das peças orquestrais, ao gênero lírico, por vezes dirigindo óperas que ficaram na lembrança. Refiro-me, sobretudo, à apresentação da "Carmen"de Bizet, no Palácio das Artes que pude assistir, desde os ensaios. Impressionava-me vê-lo , com inusitada energia e delicadeza,orientar , inclusive os cantores,com o cuidado de que nenhum prejuízo lhes pudesse causar os instrumentos, às vezes protuberantes,ofuscando vozes menos robustas.Era, por assim dizer, um perfeccionista, capaz de esculpir a interpretação, como Michelangelo em relação à fria marmor de Carrara!
Ao lado da sua esposa Haydèe Cintra-das mais requintadas penas da nossa crítica jornalística-construiu verdadeiro império de cultura e arte. Uma casa, na rua Domingos Vieira, digna de preservação, com seu portentoso espaço ocupado ,literalmente, por sugestivas imagens de momentos vivenciados pelo casal em sua trajetória, da qual ela desponta responsável por um fôlego jamais igualado, em que o entusiasmo , até hoje, preenche sua personalidade de singulares virtudes.Como se muito não fosse, sua filha Tânia,linda criatura, de sensibilidade e vocação para o canto, desfruta de prestígio fora do Brasil.E,como se não bastasse, Prates e Haydèe podem se sentir coroados, também, pelo genro Michael Rein que nesta oportunidade, estará conosco no esperado concerto em homenagem póstuma ao sogro. De onde estiver, certamente nas falanges celestiais, Carlos Eduardo Prates bradará loas e hosanas a um evento de tal beleza. Estou certo disto!
VAMOS TODOS PRESTIGIAR!!!
UM EVENTO IMPERDÍVEL
Será no próximo dia 20, às 20h00,no Teatro Sesiminas, através do tradicional e magnífico projeto"Sempre às Quartas".
A grande atração é o violinista e regente alemão Michael Rein que virá especialmente para homenagem à memória do maestro Carlos Eduardo Prates, falecido há quatro anos.
Na oportunidade, a conclamada Orquestra do Sesiminas terá como solista o virtuoso violinista Michael Rein,também regente.
O programa, de altíssima qualificação, se compõe de algumas peças da preferência de Eduardo Prates.
Na primeira parte, "Adagietto" da 5a.Sinfonia de G.Mahler e o Concerto para Violino e Cordas, em Ré-maior, de F.Mendelssohn. Na segunda parte, Quarteto "De Tod unda das Madchen", de F.Schubert.
Sem sombra de dúvidas, trata-se de um programa de supremo bom gosto,em que a festejada composição de Mendelssohn foi descoberta em l95l, pelo violinista Yehudi Minuhin.Algo deveras fascinante!
YEDA PRATES BERNIS
Admirável por sua antologia poética, a imortal Yeda Prates Bernis, membro de várias academias de letras,irmã do maestro Prates,escreve inspirada página, em que fala do irmão:
"SINFONIA
Maestro
tuas mãos estão inertes,
elas despertavam a Beleza
para iluminar o mundo.
As reverberações
dos infinitos aplausos
ainda ecoam no espaço.
Saíste de cena.
Tua batuta descansa no eterno.
Da ponta de teus dedos, ainda voam pássaros?"
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Querido Buzelin, suas palavras sao geniais como era a arte do meu amado pai. Que homenagem linda. Muita sensibilidade e muito bom gosto nestas linhas, sou muito grata. O sucesso nos aguarda.
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