Belo Horizonte, um palco de pobreza, indigência,
sujeira,vandalismo,criminalidade,desordem urbana, trânsito caótico;de um povo
mal educado, barulhento que grita nas ruas.Que invade a privacidade dos
transeuntes.Que pede insistentemente esmola. Crianças desamparadas, velhos
dormindo nas sarjetas,Gente passando fome em cada esquina.Mormente na região central,
etc. etc.
Foi o tempo em que o grande poeta Coelho Netto, visitando
Belo Horizonte, cognominou -a de "Cidade Vergel".Se fosse nos dias de
hoje, o "vergel" daria lugar às vegetações mal tratadas, gramas das
praças servindo de dormitório e sanitário, além de espaço ideal para a
vagabundagem e a prática de sexo.Enfim, uma cidade entregue à própria
sorte de uma filosofia ideológica errada, em que a concepção de democracia se
confunde com anarquia, bagunça, desordem.
O vale tudo prevalece, imbuídos seus
autores de que o espaço público "é de todos" e, assim, todo mundo faz
o que bem entende, sem considerar interesses comuns, prejudicando, sobretudo,os
que pagam imposto, estudam, trabalham ou produzem.Resulta tudo isto do populismo,
apenas suporte eleitoreiro a políticos que têm compromisso consigo mesmo e, não
estão aí para os interesses sociais.Criam, assim, eleitores "de
cabresto" que vendem votos, comprados por uma espécie de corrupção
ativa. É um desastre!
Não me causa qualquer dúvida que as frequentes
"revitalizações" e os quarteirões fechados têm sido bastidores
de tais espetáculos. Ou sejam,camarins de um show estarrecedor, obrigatório, de
indeclinável miséria. Bastaria olharmos para a Praça Raul Soares, outrora
cartão postal, cuja mais recente reforma, atribui-lhe ridículos postes, já em
fase de decomposição, além de oferecer habitat ideal à indigência, resultante
de equivocada interpretação constitucional. A praça é PARA todos,
portanto, sua utilização é limitada pelo respeito mútuo. Evidentemente, não é
DE todos.Não é propriedade. É de utilização comunitária. E o princípio
democrático inspira, portanto, limites. Ou seja, o direito de um acaba onde
começo o de outrem.
Na confluência da aludida praça com a av. Olegário Maciel, quase esquina
da rua dos Guajajaras, bem em frente ao edifício Casablanca( tombado pelo
patrimônio),a ocupação de indigentes ou quiçá baderneiros, parece não incomodar
as autoridades municipais. Ali se encontram pessoas, definitivamente
"moradoras" de um espaço que não lhes pertence. Além do péssimo
visual, emporcalham tudo, urinando pelas imediações e promovendo poluição
sonora dia e noite. Já se tem notícia até mesmo de homicídio ali! Não há
polícia municipal ou qualquer órgão municipal ou estadual que se
sensibilize com tudo isto.Quando inquiridos pelos que reclamam, dizem que nada
podem fazer, porque a Constituição "permite". Permite? Como?
Indo de encontro à legislação regulamentadora da própria lei maior que estabelece
as contravenções penais e similares?
E a
Praça Sete? Centro cívico da Capital, transformado numa catástrofe.Local
de marginais que disputam equipamentos construídos pela prefeitura, no
tapa. Brigam por um lugar nas bancadas de cimento, enfeiadas por inúteis
colunas de alumínio que nada têm a ver com o lugar, concebido segundo
princípios de um paisagismo tradicional, desde a fundação da cidade. E o
ridículo pirulito que, além de minúsculo, serve de assento, com quatro postes,
cujas lâmpadas encontram-se guarnecidas por inadequadas guarnições de vidro
barato, outrora feitas de cristal. Péssima iluminação que confunde motoristas,
além de projetar focos de luz para realçar o pirulito, contrariando habituais
princípios de valorização de monumentos...E as pichações? Nem se pode
falar.Estão por toda cidade e, quando alguém reage, a conversa é a mais idiota
por parte dos que a aprovam como" liberdade de expressão". Me poupem,
pelo amor de Deus!!!!!!!!! Há, na Pça. Sete um hotel, seguramente prejudicado
pela barulheira pessoas tocando em alto som, uma espécie de engenhoca musical
da pior qualidade.
>>
Por várias
vezes, utilizei coluna de jornal por mim assinada, para desaprovar o que
foi feito na Praça Carlos Chagas. Até então, calma, destituída de criminosos,
hoje um perigo, com o piso precário, sempre sujo, bem diverso das antigas
pedras que ali estavam. Ademais, causa um enorme prejuízo aos frequentadores da
igreja "NS de Fátima" que acabou perdendo o próprio adro e estacionamento,
com renda convertida para um excelente projeto de benemerência: o Cáritas. O
atual pároco desenvolve meritório esforço no sentido de preservar o
templo(atração turística), então literalmente danificado por criminosas
mãos que compram, sem nenhuma fiscalização, sparys para o exercício da
criminalidade.
A
Savassi, sorvedouro de dinheiro que foi seu projeto de reforma,
ficou horrorosa,jeca como as demais, com aquelas colunas de alumínio de um
incrível mau gosto, sem quaisquer sentidos práticos.Também, como as demais,
transformada em reduto de bandidos, assaltantes e desocupados,etc. etc.
Tá danado,
pessoal. Nestes dias, desaconselhável visitar Curitiba,Mas, tão logo seja
possível, vale a pena conhecer uma capital civilizada que, um dia foi também a
nossa querida Belo Horizonte.O mesmo posso dizer da megalópole S.Paulo, das
maiores do mundo, que atravessa por uma verdadeira revolução contra o
vandalismo, bravamente levada avante pelo seu recém eleito prefeito Dória,
exemplo a ser seguido.
E
mais: aos domingos e feriados, evitem a Savassi. Fechada para os interesses de
todos, sobretudo os que carecem de urgência usando o automóvel, porque,
doravante, transforma-se em campo de futebol. Sem dúvida interessante, mas,
demasiadamente prejudicial aos demais. Sobretudo para os que pagam IPTU e IPVA.
Que política é esta?
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