Não foi outra,
senão a mais justa e comovedora , a homenagem
à memória do insigne maestro Carlos Eduardo Prates,ocorrida recentemente no Teatro Sesiminas.
Aclamado regente
brasileiro, com expressivo prestígio internacional, desponta como referência da
Música Erudita, na atualidade.
Mineiro de Belo
Horizonte, desde muito jovem, notabilizou-se por sua genialidade e conquistas
amealhadas através de premiações de fôlego,em cogitados concursos.Na Alemanha,
logo se fez notado por Herbert von Karajan, tendo regido a Pilarmônica de
Berlin e celebridades como Jessie Normann.
No entanto,
seu carinhoso sentimento de brasilidade,fez com que retornasse ao convívio do
nosso povo e, à frente de grandes orquestras, percorreu este imenso país, bem
como empreendeu turnês pelo mundo, sob a empolgação de públicos e críticas, em
geral.
Como diria
Guimarães Rosa, Prates não morreu.Tornou-se encantado...Eu diria, mais
encantado!
Haydèe Cintra Prates, por incontestável “força motriz”,sustentou a
grandeza do maestro,unindo-se a ele por admiração e amor.Pelas mãos da filha
Tânia,festejada cantora, o condutor orquestral e violinista Michael Rein,seu
marido;alemão de admirável carreira mundial,foi a atração de memorável noite de
luz e beleza.O mínimo que se pode dizer do espetáculo, de fascinante
repertório,mediante excelente interpretação, não só do solista, como da Orquestra de Câmara do
Sesi.
Do austríaco
Gustav Mahler(l864-l911),adagietto em dó
menor da “5ª Sinfonia”, conferida de modo absoluto pelo regente que alcançou
sutilezas de meias tintas, assim como pujança,guardando todo intimismo
romântico, não só pelo andamento, como pelo ritmo de complexa partitura.De
profundo sentimentalismo,destaco as
intervenções da harpa e dos naipes de cordas, sem que nenhuma percussão ofuscasse tamanha
delicadeza, de puro lirismo.
De Mendelssohn
(l809-l847),integrado na proposta do gênio alemão, Michael Rein levou ao auge,
o “Concerto para Violino e Cordas”, em
Ré Menor.Venceu galhardamente dificuldades, obtendo rqeuintado
resultado.Performance que atingiu o clímax na dificílima obra do alemão
F.Schubert(l797-l828),discorrendo sobre “Der Tod und das Mädchen”(A Morte da
Donzela”.Peça de suprema riqueza melódica, em que a orquestra desenvolve
temática em “fugas”, de imediatas e reiteradas entradas. Jamais perdendo
quaisquer compassos,valorosos músicos integrantes da aludida
orquestra,cumpriram com exatidão difícil desempenho, numa ostensiva confirmação
da elogiável orientação do titular da
orquestra, maestro Marco Antônio Maia Drumond.
Em suma,
evento qualificado, inclusive pela elaboração visual do palco, com a projeção
do rosto de Carlos Eduardo Prates, diante de um rio ou do mar, olhando para o
infinito, visualizando o Criador.Belíssimo momento,ornamentado por palavras da
acadêmica Yeda Prates Bernis, falando do festejado mano: “...tua batuta
descansa no eterno.Da ponta de teus dedos ainda voam os pássaros?” Voam, e como
voam, sempre em direção ao coração da
Humanidade, em louvor a Deus, posso afirmar!
Olá José Carlos Buzelin,
ResponderExcluirtrabalho no Projeto Brasil Memória do CEDOC/Funarte aqui no Rio de Janeiro. Estamos digitalizando todo o acervo da instituição. A Maria Helena Buzelin aparece no acervo do Sergio Britto. Estou atrás dos herdeiros de imagem da cantora e pelas minhas pesquisas você seria irmão dela ou pelo menos tem o mesmo nome. Estou certo? abraço, Gabriel Garcia
Ao Gabriel, com a admiração que me causa o seu trabalho junto à Funarte.Maria Hdelena Buzelin atuou em muitos projetos dessa Instituição.Espero que V. encontre a gravação de O HOMEM SÓ,de C.Guarnieri, interpretada por ela e Fernando Teixeira.Gostaria de possuir uma cópia...Abração do Zecarlos
ResponderExcluirQuerido Buzelin,
ResponderExcluirSó agora pude rever seu texto maravilhoso e naturalmente postei no meu facebook! https://www.facebook.com/tania.pratesrein
Muito obrigada pelo carinho. Meu pai certamente está muito orgulhoso e grato, pelas suas lindas palavras. Felicidades, sucesso e paz, bjs Tania